Quem somos
O que é?
A Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) é uma grande articulação de Mulheres Indígenas de todos biomas do Brasil, com saberes, com tradições, com lutas que se somam e convergem que juntou mulheres mobilizadas pela garantia dos direitos indígenas e da vida dos nossos Povos.
Quem somos?
A ANMIGA é composta pelas mulheres indígenas, originárias da Terra. Sabemos que a raiz do Brasil vem de nós, do útero da Terra e de nossas ancestrais. A Mãe do Brasil é Indígena. O Brasil nunca existiu e nunca existirá sem nós. A ANMIGA é essa articulação de mulheres ramas, uma referência nacional que dialoga e está conectada e ramificada com nossas bases, fortalecendo toda mulher que esteja à frente de organizações e de situações dentro e fora do território.
Nós entendemos a importância da articulação política, das mulheres-água em constante movimento nas correntezas das lutas. Somos as sementes das nossas ancestrais, aquelas que mesmo antes de existir o movimento social já possuíam o movimento tradicional e ancestral que nos fortalece e está presente em nossos territórios-corpo, refletido em nossos biomas, em nossas águas e nas sementes que pintam, adornam e alimentam nossos corpos.
Nós somos porque nossas ancestrais foram. As mulheres indígenas sempre estiveram presentes nos movimentos: seja em movimentos mais locais no chão do território ou a nível nacional. Mulheres nas comunidades: parteiras, remedeiras, pajés, lideranças e cacicas. Desde a década de 80 até hoje.
Linha do tempo
Criação da primeira organização indígena de mulheres registrado publicamente. Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro. (fonte ISA)
1ª Conferência Nacional da Saúde e dos Direitos das Mulheres (1a CNSDMu) com participação de mulheres indígenas.
Quitéria Pankararu, ativa no processo de Constituinte.
– Baía da Traição/PB elege a primeira mulher indígena Iracy Cassiano como prefeita do município.
– Azelene Kaingang, primeira mulher indígena da região Sul a participar nos espaços das Nações Unidas.
Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME): Maninha Xukuru Kariri foi a primeira a coordenar a organização, sendo uma das principais impulsoras para criação da articulação.
Criação do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas (CONAMI).
– 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
“A Conferência foi palco de importantes articulações. A primeira a ser considerada refere-se à Aliança de Parentesco Afro-Indígena. Foi um momento de grande emoção na Plenária final a leitura do pacto entre estas ´irmãs´ que se uniram em torno de propostas de diretrizes comuns às indígenas e às negras. Durante a votação das propostas finais, essas guerreiras sentaram-se lado a lado. Juntas aprovaram questões para que fossem consideradas as diferenças culturais dos povos indígenas e reparados os crimes relacionados à escravidão da população”.
Lei 11.340/2006 – Maria da Penha – considerada importante conquista no combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres.